Região de Bauru tem aumento de 310,6% no número de pequenos negócios de comércio de marmitas nos últimos cinco anos

A procura pelo serviço de marmitas está em alta na região Centro-oeste do Estado. Pesquisa do Sebrae-SP mostra que a região de Bauru registrou, até março deste ano, 2.075 microempreendedores individuais (MEIs), 276 microempresas (MEs) e 14 empresas de pequeno porte (EPPs) em atividade nos 37 municípios atendidos pelo escritório do Sebrae-SP. No período entre 2018 […]

A procura pelo serviço de marmitas está em alta na região Centro-oeste do Estado. Pesquisa do Sebrae-SP mostra que a região de Bauru registrou, até março deste ano, 2.075 microempreendedores individuais (MEIs), 276 microempresas (MEs) e 14 empresas de pequeno porte (EPPs) em atividade nos 37 municípios atendidos pelo escritório do Sebrae-SP.

No período entre 2018 e março de 2024, segundo a pesquisa, a mesma região saltou de 576 pequenos negócios especializados no serviço para 2.365 novas marmitarias. Os números mostram um crescimento de 310,6%. 

Vanessa Cristina Borba Crescêncio atua no ramo de alimentação há 10 anos, sempre como cozinheira chefe em celebrados restaurantes de Bauru, e já chegou a servir 800 refeições por turno. Há pouco mais de um ano, deu um novo passo em sua carreira e tornou-se empreendedora ao abrir, em sociedade com uma amiga, um negócio de marmitas. O ponto estratégico foi escolhido com base na localização, em um bairro com muitas empresas e trabalhadores que dispõem de pouco tempo para suas refeições. Atualmente, Vanessa conta com o apoio de dois colaboradores freelancers e avalia positivamente sua decisão de empreender. “Em pouco tempo, conseguimos formar uma boa clientela e estamos estáveis financeiramente para dar o próximo passo que é aumentar a equipe, já que a demanda vem crescendo”, afirma.

A formalização do negócio e a capacitação obtida no Sebrae-SP foram fundamentais para a transição de sua rotina de cozinheira para a de empreendedora. “Hoje temos lucro e já conseguimos investir em melhorias no prédio, fixar uma retirada mensal e direcionar investimentos para crescermos como restaurante”, comenta. Entre os planos para o futuro está a adaptação do espaço para atendimento no local, proporcionando aos clientes a opção de fazerem suas refeições no estabelecimento.

Preferências do consumidor 

A pesquisa também abordou as preferências do consumidor. Dentre elas, os pratos tradicionais foram mencionados como favoritos de 73% dos entrevistados, seguidos pelos alimentos saudáveis em 61% das citações e 56% optam por refeições de culinária específica ou internacional. Para complementar o pedido, 73% dos consumidores pedem bebidas; 18% optam por sobremesas e 14% incluem saladas e pães.

Em relação a valores, 63% dos consumidores gastam, em média, entre R$ 20 e R$ 30 por refeição, sendo 89% do pagamento realizado via PIX, seguido do vale-alimentação com 68% e por fim, o cartão de crédito aparece em terceira opção, com 54% das citações.

Ainda segundo o levantamento, 49% dos consumidores afirmaram consumir marmitas de duas a três vezes por semana e a sexta-feira é o dia de maior demanda, com 70% da preferência. Sábado fica em segundo lugar com 54% dos entrevistados e quinta-feira com 51%.

O pedido costuma ser feito, principalmente, por meio de aplicativos de entrega com 82% das preferências, seguido por restaurantes com 79% e sites especializados em marmitas com 28% das solicitações dos consumidores.

A praticidade e a economia de tempo são as principais motivações para 77% dos entrevistados e 45% afirmaram ter essa opção para evitar desperdício.

Essas são as mesmas motivações que levaram a enfermeira Carolina Trentini Carrer a optar pelo serviço de marmitex delivery, além de pensar no consumo consciente. “Pela quantidade de afazeres e várias jornadas além do trabalho remunerado, o que nos leva a buscar um pouco de comodidade e agilidade, além do fato de diminuir desperdícios em casa e a controlar melhor os gastos nos supermercados, que ultimamente estão super abusivos, meu marido e eu optamos pelo consumo de marmita durante a semana, quando nossos horários são diversificados e passamos a maior parte do dia fora de casa”, detalha.

Em todo o estado, a pesquisa mostra que o número de pequenos negócios voltados ao fornecimento desse tipo de produto passou de 13.114 em 2018 para 97.270 ao final de 2023. O crescimento representa a criação de 84.156 empreendimentos no período, um aumento médio anual de 49%. A tendência de expansão segue em 2024, pois até março, dados mostram que já existem 98.007 negócios desse tipo em atividade, comprovando um mercado competitivo.

“A alimentação fora do lar movimenta R$ 60 bilhões por ano no Estado de São Paulo e envolve 436 mil pequenos negócios, entre eles os que fornecem marmitas. Para quem pretende empreender ou já está no ramo, conhecer as preferências e o comportamento do consumidor é fundamental para ajustar sua atuação e ter um melhor desempenho nesse mercado que, por sinal, é bem concorrido”, afirma coordenadora de pesquisa da Unidade Gestão Estratégica do Sebrae-SP Carolina Fabris.

Centro-oeste Paulista 

De acordo com informações do Sebrae-SP, a partir do DataMPE, com base em dados da Receita Federal, os números de pequenos negócios ativos no mercado de fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar no Centro-oeste paulista, englobando os 37 municípios atendidos pelo Escritório Regional do Sebrae-SP em Bauru, até março de 2024, estão detalhados nas tabelas a seguir.

A próxima tabela mostra a evolução do número de pequenos negócios na região de Bauru no período entre 2018 e março de 2024. No campo onde consta a informação “nd” significa informação não disponível.

Metodologia utilizada 

A pesquisa foi realizada, por email, com 400 pessoas residentes no Estado de São Paulo, com idade igual ou superior a 18 anos. A amostra, proporcional à população das diferentes localidades, abrangendo a capital, os municípios da região metropolitana e o interior, também considerou critérios como faixa etária e classe econômica, com base nas projeções populacionais do IBGE para 2020 e na distribuição por classe de consumo segundo o IPC Maps 2020 (IPC Marketing Editora).

Fonte(s): Portal de Noticias Barueri Online

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