Importância da Prevenção
A prevenção da dengue é um desafio contínuo que requer atenção especial à eliminação correta dos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Embora a conscientização sobre a remoção de recipientes que acumulam água seja amplamente difundida, é crucial entender como descartar corretamente larvas e ovos para interromper o ciclo de desenvolvimento do mosquito.
Eliminação Adequada de Larvas
Despejar água com larvas em ralos ou pias é uma prática comum, mas ineficaz. Segundo Denise Valle, bióloga da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), essa ação pode apenas transferir as larvas para outro local com água, garantindo sua sobrevivência. As larvas não resistem a ambientes secos, portanto, é essencial descartá-las em superfícies secas como asfalto, cimento ou terra, onde morrem rapidamente devido à falta de umidade.
Destruição de Ovos
Os ovos do Aedes aegypti são mais resistentes e podem sobreviver em ambientes secos por até um ano. Eles são pequenos, escuros e aderem às paredes dos recipientes. Para eliminá-los efetivamente, é necessário esfregar as superfícies com a parte áspera de uma esponja para destruí-los completamente.
Uso de Produtos Químicos
Produtos químicos como água sanitária ou álcool são frequentemente utilizados, mas podem não ser eficazes em ralos ou vasos sanitários pouco usados. Esses produtos são voláteis e perdem rapidamente seu efeito, criando uma falsa sensação de segurança. É importante não confiar exclusivamente nesses métodos para a eliminação de larvas e ovos.
Campanhas de Prevenção
A eliminação correta de larvas e ovos é um ponto crítico nas campanhas de prevenção da dengue. Ao garantir que as larvas sejam descartadas em locais sem contato com água e que os ovos sejam destruídos por esfregação, a possibilidade de novos focos do mosquito é significativamente reduzida.
Conclusão
Além de identificar potenciais criadouros, é vital reforçar a orientação sobre o descarte correto de larvas e ovos para uma prevenção eficaz da dengue. A conscientização e a prática de métodos adequados são essenciais para controlar a propagação do mosquito e, consequentemente, da doença.
Foto: Josué Damacena/IOC-Fiocruz