Os empreendedores do Estado de São Paulo estão confiantes em relação aos seus negócios no primeiro semestre deste ano. Segundo a pesquisa Indicadores, do Sebrae-SP, 80,4% dos responsáveis por micro e pequenas empresas (MPEs) entrevistados acreditam em manutenção (62,7%) ou melhora (17,7%) do faturamento no período de janeiro até o fim de junho. Entre os Microempreendedores Individuais (MEIs), 42,2% esperam melhora e 50,1%manutenção no faturamento, totalizando 92,3% dos MEIs participantes do levantamento.
A pesquisa mostrou também que entre as MPEs, apenas 5,7% preveem piora no indicador e 13,9% não souberam dizer o que pode vir pela frente. Quanto aos MEIs, 7,1% creem em piora e 0,7% disseram não ter ideia de como será o faturamento neste primeiro semestre.
“Muito dessa perspectiva positiva quanto ao faturamento no primeiro semestre pode estar ligado aos 12 aumentos seguidos de faturamento no indicador entre as micro e pequenas empresas, trajetória só quebrada nos dois últimos meses pesquisados, isto é, em outubro e novembro”, afirma o consultor do Sebrae-SP Pedro João Gonçalves. “Já os MEIs ainda mostram otimismo apesar de terem acumulado quedas no indicador, principalmente no segundo semestre de 2024, muito por conta do aumento da inflação.”
De acordo com o levantamento, novembro registrou recuo de 1,8% no faturamento das MPEs em relação ao mesmo mês de 2023. Em outubro de 2024 ante igual período de 2023, a queda havia sido de 5,1%. No acumulado de janeiro a novembro de 2024, o faturamento das MPEs teve aumento de 5,7%. A receita gerada pelas MPEs de São Paulo em novembro foi de R$ 94 bilhões.
Já os MEIs viram o faturamento cair 16,1% em novembro ante o mesmo mês de 2023. No acumulado de janeiro a novembro de 2024, a redução no faturamento foi de 4,1% em relação a igual período de 2023. A receita gerada pelos MEIs em novembro foi de R$ 9,5 bilhões
Os dados estão calculados já descontada a inflação medida pelo INPC, do IBGE.
A pesquisa
A pesquisa Indicadores Sebrae-SP é realizada mensalmente, com uma amostra de 1,7 mil MPEs e mil MEIs. As entrevistas são feitas por telefone. O levantamento tem a colaboração da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
