Festival de breaking reúne atletas brasileiros e internacionais no Rio


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O Breaking do Verão, o maior festival desse estilo de dança e modalidade esportiva olímpica, a partir da Olimpíada de Paris 2024, começa nesta quinta-feira (16), na Fundição Progresso, no centro da cidade do Rio de Janeiro, e segue até sábado (18). A entrada é gratuita e depende da lotação do espaço. 

O encontro vai reunir 32 atletas chamados b-boys e b-girls ou breakers, sendo 16 de cada gênero. O destaque entre os b-boys é o francês Dany Dann, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O paraense Leony, integrante da seleção brasileira e campeão da primeira edição do Breaking do Verão, também se destaca neste festival.

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Entre as b-girls, chamam atenção nomes internacionais como a russa Kastet, bicampeã do Breaking do Verão, e India, holandesa que ficou em quarto lugar em Paris 2024. A atual campeã brasileira de breaking, a paraense Mini Japa, se destaca entre as brasileiras, além da paulista Toquinha, que também faz parte da seleção brasileira e é vice-campeã brasileira de breaking.

O idealizador do Breaking do Verão, Fernando Bó, avalia que a estreia na Olimpíada foi importante, mas a prevalência da cultura é relevante. “Tem toda uma cena por trás que fala de verdade, fortalecimento e empoderamento. É muito bacana a Olimpíada ter dado visibilidade para o breaking, mas é também muito bacana, que acabada a Olimpíada, a gente está dando continuidade”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Fernando Bó celebrou o desenvolvimento do breaking no Brasil, que começou entre jovens de periferia e hoje se espalhou pelo país. Um exemplo é que esta edição o festival levou o projeto para as cinco regiões do Brasil, realizando eliminatórias em Fortaleza, Porto Alegre, Manaus e Brasília. Os vencedores nessa etapa participam, agora, da final no Rio de Janeiro.

“A gente sabe que não está fácil viajar, passagem cara essa época do ano, verão no Rio de Janeiro, fica tudo mais caro, mas o nosso objetivo foi dar oportunidade para aqueles que não conseguem vir até o Rio de Janeiro, e a gente vai até eles. Na minha opinião é o que mais importa. Conseguir democratizar o Breaking do Verão”, disse.

“A gente nota que está havendo uma renovação de b-boys e b-girls. Teve uma geração das Olimpíadas e este ano a gente está trazendo novas dançarinas e dançarinos que nunca tiveram oportunidade de participar e serem convidados. Mostraram resultado em todo o ano não só no Brasil, mas no mundo. A gente conseguiu juntar os principais do país e do mundo. Com certeza está tendo uma renovação de geração”, observou.

Breaker

Quando conheceu o Breaking, há quase 30 anos, o b-boy Pelezinho, 42 anos de idade, encontrou um ambiente bem diferente do que existe atualmente. Também idealizador do festival, fica feliz de saber que a sua criação chegou à quarta edição e foi para o mundo.

“É a primeira vez que a gente tem o campeonato internacional no Brasil, com a vinda de competidores internacionais. Até então, a gente nunca teve um campeonato oficial internacional no Brasil. A gente está com esse evento na quarta edição e está crescendo cada vez mais”, comemorou o breaker, em entrevista à Agência Brasil.

Para o b-boy, que nasceu em São José dos Campos, interior de São Paulo, a prática do breaking mudou a sua vida. Pelezinho ficou impressionado ao ver uma apresentação e ter uma experiência nova e passou a querer saber do que se tratava. 

“Isso foi amor à primeira vista 100%. O breaking fez eu viajar pelo mundo, ser conhecido internacionalmente e aqui no Brasil. Ter uma história de quase 30 anos e tudo dentro do breaking. Eu nunca saí. Minha vida mudou através disso”, revelou, acrescentando que durante esse tempo participou de shows com o cantor e compositor Marcelo D2 e o grupo Charlie Brown Jr.

Considerado mundialmente como um dos melhores dançarinos, Pelezinho, que precisou superar muitas barreiras até alcançar a posição que tem hoje na cena do breaking, acredita que os iniciantes de agora conseguem ter um caminho menos espinhoso.

“A nova geração, hoje em dia, está tendo tudo, desde formação, grandes eventos, patrocínio, pessoas que estão a fim de dar um suporte, marcas que a gente imaginou que nunca iam nos olhar, estão com a gente devido ao momento atual do breaking e as coisas acontecendo no Brasil. Está melhorando a cada ano. Tendo um evento desse no Brasil, em que a gente consegue trazer diversos competidores, é muito importante na nossa cena, principalmente para quem está competindo”, disse.

Social

Neste primeiro dia do festival, uma ação social vai aproximar os atletas do público. No Petrobras Breaking Day, uma parceria com a estatal petrolífera, participantes dos projetos sociais Vidançar, Unicirco e Educar pelo Esporte, patrocinados pela empresa, participarão de um workshop de breaking ao som do Grupo de Câmara da Petrobras Sinfônica com o DJ Bruno-X, uma das referências do hip-hop. No encontro, crianças e adolescentes terão oportunidade de aprender alguns movimentos iniciais do breaking, conversar e tirar fotos com atletas.

O evento é realizado pelo Grupo Fábrica, com participação da Petrobras e apoio do governo do estado do Rio de Janeiro, com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e Petrobras. 

O festival tem patrocínio de Cheetos® e Sprite, além da parceria da Baw Clothing. O festival tem apoio de mídia do Grupo Globo e transmissão ao vivo pelo canal a cabo Sportv.

Programação

16/01 (quinta-feira)

14h – Petrobras Breaking Day

17/01 (sexta-feira)

14h – Cheetos® apresenta BDV Cypher Rio

18/01 (sábado)

10h – Sprite apresenta Breaking & Passinho

16h – Breaking do Verão – Finais

Fonte(s): Portal de Noticias Barueri Online

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