Uma proposta em discussão pelo governo federal pode transformar radicalmente o processo de tirar Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil — e impactar diretamente quem mora em Barueri e região. A ideia é acabar com a obrigatoriedade da autoescola para as categorias A (motos) e B (carros), tornando o processo mais acessível e com menor custo.

A medida está sendo analisada pelo Ministério dos Transportes e pode ser oficializada ainda em 2025 por resolução administrativa, sem necessidade de passar pelo Congresso.
O que muda?
Atualmente, tirar a CNH custa entre R$ 3 mil e R$ 4 mil em estados como São Paulo. Com a nova proposta, esse valor poderia cair até 80%. Em vez de aulas em autoescolas, o candidato poderia optar por:
- Aulas teóricas online (não obrigatórias)
- Acompanhamento com instrutor autônomo credenciado pelo Detran
- Uso de veículo particular ou circuito fechado para aulas práticas
O candidato ainda precisaria cumprir os critérios obrigatórios: ser maior de 18 anos, alfabetizado, e passar por exames médicos e psicotécnicos.
Impacto direto em Barueri
Com forte presença de autoescolas e instrutores credenciados, Barueri pode sentir o impacto econômico da mudança. Segundo estimativas nacionais, até 15 mil autoescolas podem fechar, o que representa também risco de desemprego para milhares de profissionais da área.
Por outro lado, moradores da cidade — especialmente jovens em busca do primeiro emprego e trabalhadores de aplicativos — podem se beneficiar da redução de custos.
A cidade também pode ver um crescimento no número de instrutores autônomos, caso a proposta avance e o Detran-SP se adapte para credenciar esses profissionais.
Especialistas fazem alerta
Embora a proposta facilite o acesso à CNH, especialistas em trânsito e segurança viária alertam: menos preparo pode gerar mais acidentes. O processo de formação hoje envolve mais do que técnica — inclui cidadania no trânsito, noções de primeiros socorros e direção defensiva.
O que acontece agora?
O projeto ainda aguarda validação da Casa Civil e, se aprovado, pode ser adotado via resolução administrativa, sem precisar passar pelo Congresso Nacional.
Além disso, o governo já aprovou em junho deste ano a Lei da CNH Social, que usa recursos de multas de trânsito para bancar habilitações de pessoas de baixa renda.